Um
Amor que corre nas veias e ferve
somente
resfria quando adormece em meu peito.
Assim,
é o amor que vai dentro de mim.
Não
me vejo morna em quaisquer circunstâncias.
Tantas
vezes me pergunto se não haveria um cantinho em meu coração,
onde habitasse uma racionalidade
mais coerente com um mundo
distante de sentimentos nobres...
A resposta é contundente, tal qual o calor
sempre presente em minha pele: - Não.
Não existe chance para mim.
Estou fadada a morrer de amor,
morrer por amor e para ele.
Acho que não quero vê-lo escapar entre meus dedos.
Quando creio estar centrada nesse tal
racionalismo de que tanto falam,
eis que me percebo cheia de amor.
Perdida nas ruelas das veias mais altas
entornando o caldo e chutando
o balde da razão outra vez.
Lá vem ele cheio de bossa em sua supremacia
Às vezes em sorrisos, outras em lágrimas
Nunca triste – meu amor não se permite tristeza.
Harmônico em sonhos belos, brigão como um herói.
Ele entra e se instala. Avisa que veio e vai demorar
Que eu prepare o leito, o perfume, as vestes, pois ele é vaidoso.
As danças. Ah, as danças!...
É um verdadeiro bailarino capaz de assistir ao raiar do sol.
Incansável e lutador ele me vence com proeza.
Viajante e conquistador distribui promessas em sorrisos.
Diante dos palpitares de emoção, desliza no banho fresco
Nos beijos ardentes, insinuantes abraços
Que me levam às loucuras de um amor eterno
até a próxima parada, até uma próxima vez – logo.
Parabéns pelo blog e pela iniciativa Elaine!