30 de nov. de 2009

Ida e volta


ºvº..ºvvº..ºvº
ELE

...Você é tudo para mim.
Para te convencer disso
Eu grito, pulo, esperneio...
Mas, apesar disso,
Continuas, de mim, tendo receio !

Meu amor...não vá embora...
Atende a este rapaz que chora
E a este pobre coração que te adora...

O que é preciso para você acreditar
Que, se você não existisse,
Eu não teria condições de amar?

O que você quer que eu faça?
Quer que eu grite, chore, me ajoelhe ??
Mas, isso, eu não faço mais...
Afinal, por você, muitas vezes me humilhei...

E o mais importante que eu tenho
É o meu coração.
...E, ele, eu já te dei !

ELA

...Mas, se você é demais pra mim também,
como pode duvidar disso meu bem?
Meus gritos são sufocados
Pelo amor cauteloso e não por receio

Não irei embora jamais
Não temas meu rapaz
Se o seu coração me adora
No meu o sangue ferve e implora

Não faça nada, meu amor
Nunca ajoelhes perto de mim
Pois me fará inverter e chorar
Não devemos nos humilhar
diante de alguém que só sabe
amar.


28 de nov. de 2009

Brasil brasileiro


1931


É impossível levar o pobre à prosperidade
através de legislações que punem os ricos
pela prosperidade.
Para cada pessoa que recebe sem trabalhar,
outra pessoa deve trabalhar sem receber.
O governo não pode dar para alguém aquilo

que não tira de outro alguém.
Quando metade da população entende a idéia

de que não precisa trabalhar,
pois a outra metade da população irá sustentá-la,
e quando esta outra metade entende
que não vale mais a pena trabalhar
para sustentar a primeira metade,
assim chegamos ao começo do fim de uma nação.
É impossível multiplicar riqueza dividindo-a.
© Adrian Rogers, escreveu em 1931
Recebi por e-mail do José Carlos meu amigo do blog a Casa do Zé


O porquê da postagem?


Sou uma pessoa que evito emitir muitas opiniões aqui neste espaço, pois me consideram uma pessoal extremamente polêmica. Porém, esta colocação chegou tão perto do que penso e acredito, que resolvi postar sobre o Brasil - esse nosso Brasil verde e amarelo, cheio de graça e moças bonitas, bolas nos pés dos melhores jogadores do mundo, que enchem o Maracanã nas tardes de domingo e outros dias também, este Brasil que vive num mundo de faz de conta, pensando ser hospitaleiro, quando na verdade abre os braços para o CAOS. Um Brasil que já espera por jogos de União e se prepara de novo de BRAÇOS ABERTOS para receber pessoas que tentam "até" ficar por aqui ( boxeadores cubanos no PAN-AMERICANO de 2007); Um país que valoriza tanto o internacional que se dá ao luxo de enviar NOSSOS melhores produtos via exportação, deixando-nos as sobras. Afinal, somos bonzinhos e da PAZ!!


É este o Brasil que fala em distribuição de riquezas - que são nossos SALÁRIOS achatados em prol de uma tentativa de fazer valer a ideia de que estamos num modelo de melhor distribuição e que esta seja para baixo. Meu salário sequer me deixou rica, muito menos pode ser orgulho de divisão para os menos favorecidos.


Intocáveis estão as chamadas GRANDES FORTUNAS, pois que inalcansáveis são seus donos. Impostos? Vejo-os todos os meses em meu contra-cheque ou "contra-choque" como dizemos - celebramos tê-los, ainda que metade fique para o fisco e somos obrigados a ler que a PREVIDÊNCIA ESTÁ FALIDA...

AVANTE BRASIL!

Vamos embora brasileiros, quem sabe faz a hora!!!

O que aconteceu conosco?

Será que bebemos xilocaína e adormecemos? Ou será que nos convém sentar e assistir a Banda de Chico Buarque passar?



25 de nov. de 2009

Eis meu presente


Eu quero uma casa no campo
Onde eu possa ganhar a paz tão esperada!
Conseguir a ideologia certa pra viver.
Olhar o verde do campo e sentir interesse
Quero que meu coração bata a mais de cem
Em qualquer curva...
Ser encontrada pela estrela
Acariciada pela lua
Antes de anoitecer.
Contar pra todo mundo
Que meu presente é você
Pichar sua rua
Bater eu sua porta nua.
Fazer de conta que ainda é cedo
E deixar tudo por conta da ilusão.
Deixar meu sapatinho
Na janela da casinha branca
Que fica lá – no mesmo campo.
Eu quero que Papai Noel
Seque as lágrimas que ainda virão
Me dê a mão e cuide do meu coração.

24 de nov. de 2009

Presente pra mim

Participação dos jogos do Blog Kriativa da Raquel Machado!

Eu ainda nem tinha pensado em presente de Natal...
E agora preciso dizer algo até sexta-feira. Alguém me ajuda?

Um pouco sobre Mim

Sou veleiro a deriva,

sou mar,
sou solidão
Sou festa
Sou terra fértil,
Chuva fresca,
sou nascente,
Fogo ardente,
águas claras.
Nasço e broto
em qualquer chão.

Sou guerreira,
Sou valente,
Determinada.
Livre
Vento,
Sou brisa
Sou medo, sou desejo,
sonho encantado,
amor inacabado,
o beijo sonhado
e jamais dado.
O abraço apertado,
Sou o sono dos justos,
a noite enluarada,
cantoria afinada,
Sou sorriso e sou lágrimas.
Começo e fim.
Sou triste e feliz.
A eterna aprendiz.

23 de nov. de 2009

Nessa rua







Da rua onde moro
Do lar que habito
Da janela que avisto
Não vejo o mar...









Não sinto a brisa
Suave e gostosa da maresia
Nem o frescor que vem
da troca de ar que os dias
e as noites fazem.

A rua onde moro tem poesia
Oriunda da sombra que a lua faz.
Palavras mais belas surgem das nuvens
Ornamentam a janela numa linda tela.

Dela não vejo teu rosto
Muito menos sinto teu cheiro
A lua ilumina a minha rua
Acompanha as rimas que mal feitas
Irradiam a visão que a lua traz
E nela você não está.

22 de nov. de 2009

Lua Nova



Eu fui assistir Lua Nova segunda parte da saga "Crepúsculo”.

A série "Crepúsculo" se baseia em quatro romances homônimos de autoria de Stephenie Meyer, que segundo sua editora vendeu 85 milhões de exemplares no mundo todo.

Imagino que alguns estejam estranhando minha “escolha”, adianto que não é meu gênero de filme e nem apoio o sensacionalismo que vem sendo feito em torno de super-produções que param literalmente a vida de tantos pré-adolescentes, adolescentes e muitos adultos, também.

Fui assistir por insistência de minha netinha que adora e lê todos os livros da série. Confesso que achei interessante pelos efeitos especiais que vêm sendo aprimorados dia-a-dia, no mais, que me desculpem os “crepusqueriros” de plantão – nada a ver com coisa alguma a meu ver.

Destaque para minha observação da radical mudança que essa geração vem trazendo consigo. Recordei àquela época em que se enchiam os auditórios de TV e até de rádios para assistir aos quase extintos programas ao vivo. Óbvio que não fui á estréia, até comprei, mas, deixei esse encargo mundialmente concorrido no último dia 20, para a mãe de minha garotinha linda!! Hoje, ela quis o assistir de novo!!! Daí eu não consegui fugir e fui.

Valeu ter feito a dupla compra, porque não há preço quando se ouve da pessoa que se ama tanto: "Lua Nova foi muuuuuitooooo booooom!!!!!!!!!!!!!tava uma loucura. No cinema tooodooo mundo gritando!o melhor dia da minha vida - 20/11/2009!!!!!"
Exageros adolescentes à parte. ..

'Lua Nova' registra a 3ª melhor estreia na história do cinema “Continuação da saga de romance de vampiros fatura US$ 140,7 mi nos três primeiros dias de exibição nos EUA” O Estadão, domingo, 22 de novembro de 2009, 16:32

FENÔMENO
Bilheteria do primeiro fim de semana de 'Lua nova' é a maior do ano
Só no primeiro dia em cartaz, "Lua nova" fez US$ 72.7 . Destes, US$ 26.3 milhões vieram das bilheterias das sessões da meia-noite do dia 20, quando o filme estreou mundialmente.
Globo.com em 22/11/2009

Sem grandes comentários sobre o filme, deixo algumas fotos que a “fotógrafa” aqui fez ao vivo e a cores.

Replay necessário


A lição do Jacaré

Sei que muitos conhecem essa história, que é uma imensa lição de vida. Mas, hoje ( em 7/11/2006) recebi através de e-mail do Nando, meu filho, uma pessoinha que não tem limites dentro de mim e a quem homenageio pelo carinho, caráter e determinação.

** . *.*. * . * . *
** . *.*. * . * . *

Há alguns anos, um menino decidiu ir nadar num lago atrás de sua casa. Na pressa de mergulhar na água fresca, ele foi correndo, deixando para trás os sapatos, as meias e a camisa. Porém, ao cair na água, ele não percebeu que um jacaré estava deixando a margem do lago e indo em sua direção.
Sua mãe, em casa, olhava pela janela enquanto os dois estavam cada vez mais perto um do outro. Apavorada, a mulher correu para o lago, gritando para o filho o mais alto que conseguia.

- Filho! Filho! cuidado!... volte! saia da água.... rápido!


Ao ouvir a voz da mãe, o menino se assustou e começou a nadar na direção dela. Mas já era tarde. Assim que o menino chegou perto da mãe, o jacaré também o alcançou. A mãe agarrou o filho pelos braços enquanto o jacaré o abocanhou pelos pés. O animal era muito mais forte do que a mulher, mas o amor pelo filho, lhe dava forças para não deixá-lo ser levado por aquele bicho perigoso. O desespero de mãe e filho parecia não ter fim, até que, um fazendeiro, que passava por perto, ouviu os gritos, pegou uma arma e matou o jacaré.

Após semanas no hospital, como um milagre, o pequeno menino sobreviveu. Seus pés ficaram completamente machucados pelo ataque do animal, e, em seus braços, continuavam também as marcas profundas, onde as unhas da mãe estiveram cravadas enquanto lutava para salvar o filho amado. Um repórter que entrevistou o menino após o trauma, perguntou se ele podia mostrar suas cicatrizes. A criança, inocentemente, mostrou seus pés.

O repórter ficou chocado com o que viu. Porém, o menino falou orgulhoso:
- Mas olhe em meus braços! Eu tenho também grandes cicatrizes nos meus braços porque minha mãe não deixou o jacaré me levar.


LIÇÃO DE VIDA:
Se você está passando por momentos difíceis, talvez o que está lhe causando dor seja Deus, cravando-lhe suas unhas, para não lhe deixar ir. Mesmo no meio de muitas lutas, Ele nunca vai abandonar você. E com certeza, vai fazer o que for necessário para não lhe perder, ainda que para isso, seja preciso deixar-lhe algumas cicatrizes.

Bom dia a todos.

20 de nov. de 2009

Vou ali e já volto – no meu passado infantil

Minha simples participação na
Blogagem Coletiva de Novembro
Brinquedos - dos mais antigos aos mais recentes


Descendente de família humilde e de muitos irmãos não tive a fartura de brinquedos que hoje percebo, mesmo entre as crianças mais pobres. Desses eletrônicos, eu ouvia falar à distância, até porque televisor em casa só vi entrar quando um dos irmãos já era grande.

Longe da tecnologia que avançava, principalmente em outros países, só me restava dedicar-me àquela bonequinha de louça que eu achava linda.

"A MINHA BONECA
Ainda me sorriDe faces rosadas
A minha boneca …Tranças apartadas!
A minha boneca. Boca de carmim
Na minha retina, sorri para mim!
As pernas roliças, o
s braços fofinhos
A minha boneca, dos meus 5 aninhos!
O vestido lindo, de laço escarlate, sapatos pequenos,
Cor de chocolate!
Que saudade infinda s
into no meu peito…
Da boneca linda,Vestida a preceito …! "
Maria Zélia
_________________________________________________
A partir daí, as brincadeiras e brinquedos ficaram por conta dos filhos – quem sabe eu não os tenha substituído? Sim. Com o mesmo carinho que eu guardara por anos o vestidinho da boneca em meu travesseiro, fiz, faço e farei com essas pessoinhas lindas que tenho em minha vida hoje. E estejam certos de que não me fizeram falta os múltiplos brinquedos que deixei de ganhar.

19 de nov. de 2009

Um Comentário que virou post



Amiga,

cada vez mais vou fundo nas minhas emoções, sem medo. E isto veio com a maturidade, que quando bem aceita e corretamente nos vai aproximando do melhor de nós mesmos, resgatando, buscando e realizando uma alquimia bonita em valores, sensibilidade, observância, afetividade. Sempre em busca de qualidade e verdade. Mas evidentemente não é para todos de forma igual e muito menos através da maturidade e até e apesar de grandes sofrimentos.


Observo, infelizmente , uma troca de significados muito grande devido a valores rasos e bem superficiais. É comum ver alguem ser chamado de sincero, transparente, quando simplesmente está manipulando interesses próprios e mesquinhos. Bem como ,os que exageram em sentimentos que não são verdadeiros, de forma manipuladora e egoísta. E não só neste item observo palavras com significados equivocados.


Este texto mostra a verdadeira transparência: desnudar alma e coração, mergulhando fundo na afetividade.

Belíssimo! Obrigada, amiga!

SAM do Blog Desnuda

17 de nov. de 2009

Por que é tão difícil ser transparente?



"O medo de sofrer é pior do que o próprio sofrimento.
E nenhum coração jamais sofreu quando
foi em busca de seus sonhos."


“Costumamos acreditar que ser transparente é simplesmente ser sincero, não enganar os outros. Mas, ser transparente é muito mais do que isso. É ter coragem de se expor, de ser frágil, de chorar, de falar do que a gente sente.

Ser transparente é desnudar a alma, é deixar cair as máscaras, baixar as armas, destruir os imensos e grossos muros que nos empenhamos tanto para levantar.

Ser transparente é permitir que toda a nossa doçura aflore, desabroche, transborde! Mas, infelizmente, quase sempre, a maioria de nós decide não correr esse risco. Preferimos a dureza da razão à leveza que exporia toda a fragilidade humana. Preferimos o nó na garganta às lágrimas que brotam do mais profundo de nosso ser.Preferimos nos perder numa busca insana por respostas imediatas à simplesmente nos entregar e admitir que não sabemos, que temos medo! Por mais doloroso que seja ter de construir uma máscara que nos distancia cada vez mais de quem realmente somos, preferimos assim: manter uma imagem que nos dê a sensação de proteção.

E assim, vamos nos afogando mais e mais em falsas palavras, em falsas atitudes, em falsos sentimentos.Não porque sejamos pessoas mentirosas, mas apenas porque nos perdemos de nós mesmos e já não sabemos onde está nossa brandura, nosso amor mais intenso e não-contaminado.

Com o passar dos anos, um vazio frio e escuro nos faz perceber que já não sabemos dar e nem pedir o que de mais precioso temos a compartilhar:
A doçura
A compaixão
A compreensão de que todos nós sofremos, nos sentimos sós, imensamente tristes e choramos baixinho antes de dormir, num silêncio que nos remete a uma saudades desesperada de NÓS mesmos.

Daquilo que pulsa e grita dentro de nós, mas que não temos coragem de mostrar àqueles que mais amamos! Porque, infelizmente, aprendemos que é melhor revidar, descontar, agredir, acusar, criticar e julgar do que simplesmente dizer: "você está me machucando". Porque aprendemos que dizer isso é ser fraco, é ser bobo, é ser menos do que o outro. Quando, na verdade, se agíssemos com o coração, poderíamos evitar tanta dor.


Deixemos explodir toda a nossa doçura!

Que consigamos não prender o choro, não conter a gargalhada, não esconder tanto o nosso medo, não desejar parecer tão invencível.

Que consigamos não tentar controlar tanto, responder tanto, competir tanto.
Que consigamos docemente
Viver.
Sentir
Amar.

E que você seja não só razão, mas também coração, não só um escudo mas também sentimento.

“Seja transparente, apesar de todo o risco que isso possa significar.”
Adaptação
AD

15 de nov. de 2009

TAREFAS DA 3ª BlogGincana


Gosto muito de interagir e por essa razão tenho participado desta Gincana, eis as tarefas do mês:

1º Fazer um post apontando até três blogs que considere bons e que não se tenham inscrito em nenhuma das BlogGincanas anteriores. Sôbre êles, destaque os temas tratados, e ilustre sua postage/tarefa com pelo menos uma imagem de cada um deles!
2º Comuniquem esses blogs, de que estão sendo motivo de sua postagem.

Minha maior dificuldade será a certeza dos blogs que vou indicar terem ou não participado. Sou nova na Gincana... Enfim, vou tentar não errar.

Minha primeira indicação será o blog do Olavo – Traços de um Homem. É um blog super interessante, pois ele é bastante participativo e muito querido por todos. Não percebo um determinado assunto que se destaque em seu blog, o fato é que tudo que ele escreve é muito pessoal e eu me identifico com sua linha de raciocínio. recentemente esteve afastado e está de volta o que me deixou feliz - fez falta.

A segunda indicação será para o blog do Daniel Sávio – Tesouros em Meio ao Lixão - que com sua irreverência, sempre nos traz algo novo e interessante. Piadas e contos que amo ler e acompanhar. Some às vezes por conta do trabalho, mas sempre volta com suas histórias.

E finalmente, a terceira indicação será o blog Apenas sobre Mim que nos traz uma abordagem bastante jovem e atual. Assina como: Eu e a Solidão - tem 26 anos e seu blog é muito bem preparado de bom gosto seu layout e traz textos bem pessoais. Sua frase de chamada é: “Eu não Sou nada disso que você está pensando, por isso venha com calma”. Interessante não é?

12 de nov. de 2009

Para quem eu não tiro o chapéu?






Da expressão “de se tirar o chapéu”




SIM



NÃO???



Expressão popular que significa: fato extraordinário, que merece uma homenagem; coisa digna de admiração. Como surgiu a expressão Quando algo ou alguém nos causa admiração, é espantoso ou surpreende, dizemos que é de tirar o chapéu. A expressão, que chegou ao Brasil, trazida pelos portugueses, remete aos hábitos da corte francesa do século 17.


Na época de Luís XIII (1610-1643), as pessoas já se saudavam com o chapéu. O protocolo foi formalizado no reinado de Luís XIV (1643-1715): ele decretou que o chapéu só podia ser tirado da cabeça em ocasiões especiais. Segundo Deonísio da Silva, autor de “De Onde Vêm as Palavras”, os cumprimentos eram feitos com um toque na aba, erguendo o chapéu um pouco, tirando-o da cabeça ou levando-o quase ao chão. Quando mais importante a pessoa, mais o chapéu se afastava da cabeça.



Quando os membros da corte portuguesa se transferiram para o Brasil, em 1808, e tinham dúvida sobre as normas de conduta em determinada ocasião, perguntava-se - se ela era de se tirar o chapéu.



Saindo do caminho das letras e explicações tantas vezes evasivas, estamos aqui para dizer PARA QUEM EU NÃO TIRO O CHAPÉU, proposta de tema da talentosa e criativa Raquel Machado do blog Ideias de Milene.



Infelizmente, nos últimos tempos tenho optado por muitos “NÃOS” e este será mais um, ou seja, um não novo, atual.


Não tiro o chapéu para AS PATOLOGIAS E ANÔNIMOS VIRTUAIS


A Internet é um vasto mundo novo que se abre com novas perspectivas e possibilidades, mas ela também traz incertezas e perigos sobre as conseqüências de seu uso. É claro que advento das novas tecnologias, especialmente internet, é importante, e não se pode ignorar o processo de transformação pelo qual passamos, mas ele traz riscos, pois se trata de uma nova forma de interação humana, uma que deu dimensões nunca antes vistas para a sociabilidade. Dimensões que podem chegar a extremos.


Nesse campo, ocorrem encontros e contatos, a socialização humana reflete nas novas possibilidades. Em conseqüência, temos um desvio de atenção, o mundo material parece cada vez menos importante e relevante em prol do que é virtual.
Numa verdadeira desordem do campo obsessivo-compulsivo, o uso patológico da internet é a perda de controle do uso da rede e pode causar inúmeras conseqüências

e complicações nas mais diversas áreas. Entre os sintomas do uso patológico de internet estão isolamento social, conflitos com a família, divórcio, além de fracassos no mundo fora da internet, como perda do emprego ou falha acadêmica, assim explicam os especialistas.
O computador é usado para compensar por sentimentos de solidão, problemas no casamento e trabalho, pobre vida social e problemas financeiros. A internet modificou o desenvolvimento dos relacionamentos íntimos. A mediação do computador pode ser positiva para construção de novos relacionamentos, mas ela rompe com o contato e a atração física, necessários para o relacionamento amoroso. Na rede, idade, aparência caráter são facilmente alterados, sendo esse um dos fatores da pseudo-intimidade e da dubiedade desses relacionamentos. Nada é o que parece, o que contribui para o isolamento social dos que são dependentes. Esse quadro ocorre por se acreditar que o mundo virtual é um contraponto ao mundo material, ou seja, pensando-se na virtualidade como o alívio contra a desesperança, a tristeza, a frustração, a insegurança. Este fenômeno é facilmente resolvido quando encontramos pessoas que além do virtual existe para seu “virtual-locutor” também na vida real.


Existem grupos maravilhosos que se encontram com freqüência e todos se dão muito bem, desenvolvem relacionamentos amorosos ou simplesmente de amizade duradouros provando que são possíveis sim amores e paixões surgidas nas telinhas dos computadores.
Em contrapartida, temos os pequenos ou grandes monstros que fazem da vida de algumas pessoas um verdadeiro inferno. Já fui vítima de algumas e percebo que muitas pessoas preferem se afastar do mundo virtual a se expor, correr perigos e perturbações. É muito comum encontrarmos apelos e textos com indicações de terem sido vítimas desses seres que se mostrassem os rostos talvez recebessem o tratamento merecido.


Por essa razão eu NÃO TIRO O CHAPÉU PARA OS ANÔNIMOS VIRTUAIS
.

9 de nov. de 2009

Viola de amor no " Abre aspas" Blogagem Coletiva



ABRE ASPAS 3ª EDIÇÃO
promovido pela Lunna do Teorias Impossíveis.




Nas ondas do mar me enlevo
nessas ondas me redimo
meus sofrimentos são nada
nas águas das ondas claras

(nos ventos do mar me enlevo
nesses ventos me redimo
sofrer é estar de passagem
entre o agora e o eterno)

Como as ondas que se quebram
e são sempre as mesmas ondas
vou seguindo meus destinos
como as ondas que se quebram

(como os ventos que nos passam
e nos levam os pensamentos
vou vagando, vendaval
devassando e devassado).

(Antonio Brasileiro)

Antonio Brasileiro

Pintor e poeta baiano. Mais de vinte títulos de poesia publicados.

O poeta baiano Antonio Brasileiro (1944-) é discreto, muito arredio.
"É verdade, forneço sempre poucos ou nenhuns dados sobre mim nos livros", escreveu ele, quando dá informações pessoais . Mas sua discrição, felizmente, aplica-se apenas ao campo pessoal. Em literatura, ele fala alto e para fora: professor universitário e editor, ele vem publicando poemas, ensaios, contos, romance, desde o final dos anos 60.

8 de nov. de 2009

Selinhos e desafios


Agradecimentos a todos que escreveram aqui e que pessoalmente puderam demonstrar o carinho e sentimentos pelo ocorrido com meu marido Luiz Roberto.
Como ele era muito feliz e bem humorado, a vida continua né?

Veja que gracinha a citação da Nanda em seu Baú do Múltiplas - Eu adoro teu Blog
Vejam Aqui

Obrigada Nanda!

Continuando os mimos e memes eu recebi este selo repassado pela Nade, do Orgulho de Ser. E da mesma forma devo repassar para outros blogs, além de escrever o que mais me apaixona quando o assunto é:

1. Internet – a novidade, o avanço, a facilidade de se conseguir o saber, o conhecimento. A maneira bonita com que fazemos amigos invisíveis até. A energia que trocamos em cada leitura e comentários. A mágica que vem desenhada em cada página que abrimos.

2. Pessoas – conhecer seus hábitos e suas surpresas a cada dia. O ser humano é um eterno enigma.

3. Vestuários – adoro roupas e se possível, muitas. Gosto de me vestir co criatividade e o mais parecido comigo o possível.

4. Cosméticos – gosto de cremes, principalmente, os hidratantes. Nada em excesso, procuro limpar bem a pele para depois usar um creme. Quanto á maquiagem, gosto sem excessos.

5. Comida – gosto de uma boa comida. Hoje, me surpreendo co vontades específicas e procuro satisfazê-las dentro do normal

6. Hobbies – não costumo tê-los. Eu diria que meu hobbie hoje é a internet e suas variedades.

Repasso a: todos meus seguidores.

7 de nov. de 2009

Você viverá enternamente em Mim


Minhas homenagens hoje vão para ti
Meu amor, meu homem, meu irmão,
Meu amigo de sempre e todas as horas.

Meu parceiro que mesmo quando a vida
Nos pregava tantas peças e lágrimas
Movia-se em minha direção com carinho
Ultrapassando muralhas e pedras
Aquelas que o caminho insistia em deixar.

Vão para ti – meu amor – as medalhas guardadas
A camisa suada pelo jogo da vida
E pelo esporte que preferiste – o futebol.

Não te entristeças com as lágrimas que hoje derramo
Certamente, não são de tristezas que deixaste em mim
E sim pela saudade que já sinto e cresce em meu ser.

Sabe amor, nosso sentimento foi irremediavelmente diferente.
Nasceu na impossibilidade, cresceu na dificuldade,
E se fortaleceu na verdade – única somente nossa.
Por isso incompreendida.

Agora vai amor, leva contigo o que tirou de melhor
Dessa pessoa meio louquinha e tão querida por ti.
Leve e guarde no cantinho do teu coração
Porque nós dois sabemos que um dia havemos de
Acertar as linhas que não tivemos tempo de esticar.

M Nilza
Para Luiz Roberto Alves da Costa
06/06/1947 - 07/11/2009

2 de nov. de 2009

faz chamada todo dia 2 de cada mês para
Este tema tão importante.
Resolvi participar, e você,
por que não entra nessa?
“Ecologia é um nível superior de pensamento, onde tudo está relacionado com tudo, inclusive com as soluções. Como ciência do ínter-relacionamento homem/natureza, ela não pode ser vista apenas como o estudo do meio físico, pois de suas pesquisas e análises depende a compreensão da harmonia entre o homem e o ambiente.”
AME – Fundação Mundial de Ecologia


Unida contra a VIOLÊNCIA

Iniciativa da Beta do Mix Cultural

De modo geral, define-se Violência como sendo o uso de palavras ou ações que machucam as pessoas. É violência também o uso abusivo ou injusto do poder, assim como o uso da força que resulta em ferimentos, sofrimento, tortura ou morte.


Violência contra a mulher – é qualquer conduta – ação ou omissão – de discriminação, agressão ou coerção, ocasionada pelo simples fato de a vítima ser mulher e que cause dano, morte, constrangimento, limitação, sofrimento físico, sexual, moral, psicológico, social, político ou econômico ou perda patrimonial. Essa violência pode acontecer tanto em espaços públicos como privados.


Violência de gênero – violência sofrida pelo fato de se ser mulher, sem distinção de raça, classe social, religião, idade ou qualquer outra condição, produto de um sistema social que subordina o sexo feminino.


Violência doméstica – quando ocorre em casa, no ambiente doméstico, ou em uma relação de familiaridade, afetividade ou coabitação.


Violência familiar – violência que acontece dentro da família, ou seja, nas relações entre os membros da comunidade familiar, formada por vínculos de parentesco natural (pai, mãe, filha etc.) ou civil (marido, sogra, padrasto ou outros), por afinidade (por exemplo, o primo ou tio do marido) ou afetividade (amigo ou amiga que more na mesma casa).



Violência física - Uso da força ou atos de omissão praticados pelos pais ou responsáveis, com o objetivo claro ou não de ferir, deixando ou não marcas evidentes. São comuns murros e tapas, agressões com diversos objetos e queimaduras causadas por objetos ou líquidos quentes.
Violência psicológica- Rejeição, depreciação, discriminação, desrespeito e punições exageradas são formas comuns desse tipo de agressão, que não deixa marcas visíveis, mas marca por toda a vida.

Negligência - Ato de omissão do responsável pela criança ou adolescente em prover as necessidades básicas para seu desenvolvimento.

Síndrome do bebê sacudido (Shaken Baby Syndrome) - Esta síndrome se refere a lesões de gravidade variáveis, que ocorrem quando uma criança, geralmente um lactente, é severa ou violentamente sacudida.

Violência sexual - Abuso de poder no qual a criança ou adolescente é usado para gratificação sexual de um adulto, sendo induzida ou forçada a práticas sexuais com ou sem violência física


Violência verbal - A violência verbal não é uma forma de violência psicológica. A violência verbal normalmente é utilizada para importunar e incomodar a vida das outras pessoas.

Pode ser feita através do silêncio, que muitas vezes é muito mais violento que os métodos utilizados habitualmente, como as ofensas morais (insultos), depreciações e os questionários infindáveis

Bullying - Bullying é usar o poder ou força para intimidar ou perseguir os outros. As vítimas de intimidação e chantagem recorrente (Bullying) são normalmente pessoas que sem defesas que incapazes de motivar outras para agirem em sua defesa. Trata-se, infelizmente, de um problema que afeta as nossas escolas, comunidades e toda a sociedade.

Violência policial - Há pelo menos quatro concepções diferentes de violência policial, que são relevantes para a compreensão e a redução de sua incidência no Brasil e que tem implicações importantes para a formulação e a implementação de estratégias de controle.

1. O uso da força física contra outra pessoa de forma ilegal, não relacionada ao cumprimento do dever legal ou de forma proibida por lei.

2. O uso desnecessário ou excessivo da força para resolver pequenos conflitos ou para prender um criminoso de forma ilegítima.

3. Os usos irregulares, anormais, escandalosos ou chocantes da força física contra outras pessoas.

4. O uso de mais força física do que um policial altamente competente consideraria necessário em uma determinada situação.


Vale ressaltar que o controle da violência, particularmente da violência praticada pelas Forças Armadas e pela Policia, é uma das condições necessárias para a consolidação do estado de direito e de regimes políticos democráticos.

A violência policial é um tipo de violência que preocupa cada vez mais os cidadãos, os próprios policiais, os governantes, os jornalistas e os cientistas sociais, em parte porque é praticada por agentes do Estado que têm a obrigação constitucional de garantir a segurança pública, a quem a sociedade confia a responsabilidade do controle da violência, Os casos de violência policial, ainda que isolados, alimentam um sentimento de descontrole e insegurança que dificulta qualquer tentativa de controle e pode até contribuir para a escalado de outras formas de violência.

Na História do Brasil, atos extremamente violentos, em que muitas vezes ocorreu o coação de pessoas, foram encabeçados pelo Estado ou tiveram o seu consentimento.
A estrutura de poder, desde o período colonial, é responsável pela negação dos direitos da maioria da população. Hoje, podemos exemplificar essa tese com a violência resultante dos conflitos agrários ou das chacinas.


A sociedade, ainda que assustada, não está inerte diante de tudo isso. A resistência e a mobilização contra a violência sempre ocorreram no Brasil. Um exemplo recente, entre outros, é o movimento Viva Rio, que nasceu na sociedade civil e luta pacificamente contra as arbitrariedades, reivindicando a atuação mais eficaz das autoridades. Leva a mensagem da paz para a população e sinaliza para o fato de que se pode construir uma sociedade mais crítica, justa e combativa.

Precisamos intensificar esses movimentos. É vital que façamos a nossa parte, ainda que pequena, pois sabemos que a violência tem origem em diversas direções, inclusive no âmago da desigualdade, porém cabe a cada um de nós dar um passo na direção do caminho que amenizará tais fenômenos.

1 de nov. de 2009

Noite com Vampiro


Tema: Uma noite de Arrepiar

Eu não entendia o porquê de certos acontecimentos em minha vida. Não sabia por que, em determinados dias sem explicação aparente eu era tomada por sensações de horror que as minhas entranhas assimilavam com tamanha facilidade. Eu não sabia por quê. E saber por que era o que eu mais buscava entender.

Certa noite, diante das paisagens mais variadas e lindas, diante dos campos mais vastos e verdes, surgiu em meu caminho um cavaleiro lindo, de pele clara, trajes de requinte, cabelos lisos como a seda, sorriso aberto e olhos profundos, penetrantes e eu me sentia em estado alfa. Aproximou-se e num movimento rápido segurou-me a cintura e ali rodopiávamos numa dança sem canção. Eu me sentia – misteriosamente feliz com tal visão e sentir.

Pouco a pouco eu era entregue aquele homem encantador onde somente em sonhos eu imaginava existir. Ele não falava, olhava fixamente em meus olhos como se me devorasse a mente, tomava meus mais profundos segredos e desejos com tanta facilidade que o medo era substituído pela sensação boa de ser desejada daquela forma.

Nossas roupas estavam em nossos corpos, mas eu me sentia nua e o via assim também. Suas carícias me arrepiavam em toda extensão do corpo. Já não era possível resistir... Eu queria aquele homem e ele também a mim. Entregues passamos das carícias suaves às mais fortes e ardentes. Meu corpo suado sentia algo bem quente, um pouco mais que o normal. Seus beijos eu apenas correspondia, não abria os olhos com receio de acordar daquele sonho. Um líquido quente percorria meu pescoço e descia pelo ventre trazendo um desejo incontrolável.

Com toques de paixão ao ápice desse amor estranhamente alcançamos o solo, testemunha daquele amor que haveria de se concretizar, não havia cama, porém a grama era macia como os lençóis de seda, seria nosso ninho de luxúria onde nos consumiríamos a cada momento. Nesta loucura mórbida a lua firmava-se com propriedade, mais uma testemunha daquela loucura. Lentamente, penetrava em mim algo afiado, a dor se correspondia com o prazer, o meu tempo passava em outra velocidade, onde a completa insanidade se apoderava de mim. Eu era trucidada lentamente, o sangue já nos fazia flutuar naquela invasão de sentimentos confusos. Escrava daquela sina, entregue ao destino da noite.

Já era dia quando abri os olhos. O cenário não era aquele em que vivi aqueles momentos mágicos e estranhos. Não estava ao meu lado o cavaleiro, todo aquele sangue sumira. Levantei-me e pus a caminhar de volta para casa. Tonta e sem saber onde começava e terminava a realidade, entrei naquela casa que ficara distante do cenário por onde andei. Resolvi tomar um banho, talvez a água pudesse me acordar ou me esclarecer tudo aquilo que vivi. A resposta veio ao me olhar no espelho – meu pescoço era o palco da marca eterna daquela noite, dois pontos anunciavam por onde havia saído tanto sangue...