Nem imaginava que ele estaria de braços abertos pra mim.
Fiel e perseverante fincava pé ali, como se a espera de um Cristão.
Abri os olhos e pensei em como o mundo tem mudado, como os homens se esquecem de suas promessas!
Como ferem uns aos outros sem constrangimento, sem ética!
Mas, ele não. Continuava com seus braços estendidos e chamava com os olhos, pedia sem falar: Venha! Eu amo você.
Em suas palavras, mesmo que não escritas aos nossos olhos, estavam o apelo, a tranqüilidade de uma vida melhor que só de nós dependeria, apenas aos homens seria dado esse poder.
O arbítrio de ser livre, de ser o tutor de seus caminhos, a peça fundamental da edificação de seu coração.
Nele não havia a cobrança, o julgamento tão presente em nós.
Dizem que já faz tempo, anos, séculos e até colocam um marco após sua chegada – AC –
Mas, não percebo em seu rosto o cansaço, as marcas do tempo.
Suas vestes foram ainda recebidas por escambos, mas guardam a sutileza de uma moda que não vem, vai e volta. São lindas e sublimes tal qual sua linguagem, suas palavras, suas advertências.
Cabendo a nós a filtragem da verdade, do perigo.