Novos caminhos sempre parecem longos. Mas, aquele era um pouco mais. Num dia como outro qualquer, com roupas não menos antigas e sem interesse, pairava no ar algo de novo para Lia, longe de imaginar ela caminhava pela noite.
Com um vestidinho leve, um tanto transparente, afinal era noite, sandálias mostrando só os dedinhos claros e certinhos como se tivessem saído de desenhos. Cabelos úmidos do banho a bem pouco tomado, lá estava ela, naquele caminho sem certeza alguma, sem direção, sem fim.
Caminhos assim incertos, sem rumo devem ser percorridos com cuidado, este companheiro fundamental das horas incertas. A noite fazia parte daquele cenário, expectativa de haver na lua um pouco de luz. Lia sentia uma carícia leve da brisa envolta pela claridade que fazia seu corpo ferver inexplicavelmente.
Havia em sua frente uma casinha com apenas uma luz acesa, se houvesse mais alguma ela não perceberia. Aproximou-se da pequena janela rodeada por uma cortina vazada e ali estava um vulto másculo, silhueta definida por exercícios contínuos e fortes. Naquele momento, Lia sentia todo seu corpo arrepiar diante da visão que lhe fazia vibrar. Num ímpeto, tentou fugir daquele lugar, mas seus pés fincados na terra avermelhada não saiam dali.
A cortina velha não se sustentava no lugar diante do vento e não demorou muito para que ele a avistasse. Seu rosto corou de vergonha e timidez, como se estivesse em flagrante delito. Baixou seus olhos numa tentativa de disfarçar o que já não conseguia. Em poucos minutos aquele homem de pele clara, cabelos despenteados e com poucas vestes estava ali, tão perto de Lia.
Seus olhos negros e profundos mergulhavam ao encontrar os dela, despindo-a de corpo e alma. Poucas palavras saiam daquela boca que se aproximavam como um vulcão prestes a derramar suas larvas. A impotência se apoderava daquele corpo que ávido, sem quê, nem por que, desejava com todo ardor aquele homem que jamais conhecera.
Num toque especialmente mágico seus lábios se encontraram e ali seria o lugar testemunha de um amor sem rosto, sem nome, sem hoje, nem amanhã.
Na manhã seguinte, Lia acordou e até hoje, não soube dizer a si mesma até onde não passou de sonho tudo aquilo que sentiu.
Com um vestidinho leve, um tanto transparente, afinal era noite, sandálias mostrando só os dedinhos claros e certinhos como se tivessem saído de desenhos. Cabelos úmidos do banho a bem pouco tomado, lá estava ela, naquele caminho sem certeza alguma, sem direção, sem fim.
Caminhos assim incertos, sem rumo devem ser percorridos com cuidado, este companheiro fundamental das horas incertas. A noite fazia parte daquele cenário, expectativa de haver na lua um pouco de luz. Lia sentia uma carícia leve da brisa envolta pela claridade que fazia seu corpo ferver inexplicavelmente.
Havia em sua frente uma casinha com apenas uma luz acesa, se houvesse mais alguma ela não perceberia. Aproximou-se da pequena janela rodeada por uma cortina vazada e ali estava um vulto másculo, silhueta definida por exercícios contínuos e fortes. Naquele momento, Lia sentia todo seu corpo arrepiar diante da visão que lhe fazia vibrar. Num ímpeto, tentou fugir daquele lugar, mas seus pés fincados na terra avermelhada não saiam dali.
A cortina velha não se sustentava no lugar diante do vento e não demorou muito para que ele a avistasse. Seu rosto corou de vergonha e timidez, como se estivesse em flagrante delito. Baixou seus olhos numa tentativa de disfarçar o que já não conseguia. Em poucos minutos aquele homem de pele clara, cabelos despenteados e com poucas vestes estava ali, tão perto de Lia.
Seus olhos negros e profundos mergulhavam ao encontrar os dela, despindo-a de corpo e alma. Poucas palavras saiam daquela boca que se aproximavam como um vulcão prestes a derramar suas larvas. A impotência se apoderava daquele corpo que ávido, sem quê, nem por que, desejava com todo ardor aquele homem que jamais conhecera.
Num toque especialmente mágico seus lábios se encontraram e ali seria o lugar testemunha de um amor sem rosto, sem nome, sem hoje, nem amanhã.
Na manhã seguinte, Lia acordou e até hoje, não soube dizer a si mesma até onde não passou de sonho tudo aquilo que sentiu.
6 comentários:
M. Nilza, muito obrigada pela adesão à coletiva. Bom conhecer seu blog. Abraço
Será que realmente importa saber se foi um sonho?
Será que não é mais importante saber se ela foi feliz com isto?
E belo texto, belo mesmo.
Fique com Deus, menina M. Nilza.
Um abraço.
Devia ser obrigatório a todas nós, mesmo que em sonhos, percorrer caminhos assim, tão longos e tão incertos.
Uma noite de paz!
Bjs.
Quem saberá então?
Bonito texto, intenso, muito intenso.
beijos
M. Nilza,
Concordo com o Daniel Savio, de que importa saber se foi um sonho? O melhor é aproveitar.
Grande abraço.
Ola, olha eu aqui visitando de novo...que texto lindo me lembrou as julias e biancas que eu costumava ler...ehehehe...parabéns pela criatividade e pela historia. Bjso
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