28 de mai. de 2009

Boas iniciativas - Blogagem Coletiva " Diga Não a Erotização da Criança"



Encontro muitas dificuldades para escrever sobre crianças. Razões minhas, talvez certo trauma de assistir no dia-a-dia o que vem acontecendo. Por essa razão, ressalto apenas o grande apelo sexual que as músicas e a TV vêm trazendo às crianças de todo o mundo, particularmente, às nossas.



Destaco aqui trecho da música “Beijar na Boca” da Claudia Leite




Para quem não conhece a música, o refrão é o seguinte:
“Eu quero mais é beijar na boca
Eu quero mais é beijar na boca (eu quero mais)
Eu quero mais é beijar na boca
E ser feliz daqui pra frente… pra sempre (2x)”



Sem falso moralismo, entendo que existe o momento certo para cada elemento em nossa vida e essas músicas são exaustivamente tocadas em festinhas infantis e escolas.



2006

Diálogo pode prevenir a erotização infantil
Correio do Povo - 28 de novembro de 2006

A campanha contra a erotização infantil desenvolvida por 32 instituições - encabeçada pela Associação dos Juízes do Estado e pelo Ministério Público - levou orientações ontem a professores e alunos da Capital. O titular da 3ª Vara do Juizado da Infância e da Juventude da Capital, juiz Leoberto Brancher, idealizador do projeto, abordou as conseqüências negativas da sexualidade precoce e as formas de evitá-la.

A palestra, na Câmara de Vereadores de Porto Alegre, foi acompanhada pelas escolas São Pedro e Rio de Janeiro e por dirigentes de instituições ligadas ao público-alvo da campanha. Brancher afirmou que a legislação e o Estatuto da Criança e do Adolescente tentam evitar os casos de violência através de abordagem punitiva, que tende à desresponsabilização. A campanha, por outro lado, propõe estabelecer o diálogo como forma de prevenção.

A presidente da Frente Parlamentar em Defesa da Criança e do Adolescente, Maristela Maffei (PSB), destacou a relevância da discussão para que a infância não seja abreviada. 'A erotização da criança prejudica na formação do adulto', frisou. Para ela, a sexualidade precoce favorece casos de gravidez em adolescentes e a contaminação de doenças sexualmente transmissíveis (DSTs), como a Aids.

O diretor do Departamento Estadual da Criança e do Adolescente (Deca) da Polícia Civil, Paulo de Tarso Castro Araújo, relatou ser comum o atendimento de ocorrências decorrentes de erotização infantil e abuso sexual. 'A maior parte tem familiares envolvidos', disse. O material da campanha já foi enviado a escolas da Capital para estimular o debate do tema.



Campanha quer uma Política Nacional para incluir socialmente crianças em situação de moradia nas ruas.


O "Comitê Nacional Criança Não É de Rua” se reuniu em Fortaleza, com a coordenação do "Movimento Nacional da População de Rua" (MNPR) para discutir meios de dar visibilidade ao tema da criança em situação de rua. Essa realidade deve ser tratada como uma política pública do Estado. A criança abandonada de hoje é o adulto morador de rua de amanhã", ressaltou Anderson Lopes Miranda, fundador e coordenador do MNPR.


O levantamento do MDS 2008 revela que Fortaleza possui 1.700 moradores de rua adultos e a Pesquisa da Equipe Interinstitucional de Abordagem de Rua 2007 detecta 411 crianças e adolescentes em situação de moradia nas ruas, ou seja, moram nas ruas separadas do convívio com a família. Essa realidade motivou a "Campanha Nacional Criança Não É de Rua" a cobrar a construção de uma Política Nacional para a Inclusão desta população.


CRIANÇA NÃO É DE RUA!


Jornal O Povo - CE23/7/2008
Bernardo Rosemeyer
Coordenador Geral da Campanha Nacional Criança Não é de Rua


Essas crianças advêm de famílias paupérrimas, todavia nenhuma criança encontra-se nessa situação unicamente em virtude da pobreza dos pais!Não há crianças de rua. Só há crianças maltrapilhas que não conseguiram mais permanecer junto a sua família e foram à rua em busca de um lugar para morar. Essas crianças advêm de famílias paupérrimas, todavia nenhuma criança encontra-se nessa situação unicamente em virtude da pobreza dos pais! Se fosse assim, no Brasil realmente teríamos milhões de crianças morando nas ruas. Estima-se que o universo infanto-juvenil em situação de moradia na rua contabiliza algo em torno de uns 25.000 no Brasil inteiro. É só uma estimativa grosseira baseada em pesquisas pontuais e deduções, pois até a ONU vem criticando o Brasil quanto à ausência inacreditável de um monitoramento da quantidade das crianças e adolescentes que vivem e moram nas ruas. Avançamos quanto ao atendimento de outros segmentos infanto-juvenis em situação de risco. Quanto à criança que mora na rua, as nossas ações continuam mais que tíbias.


Como enfrentar a questão em nível nacional: Em primeiro lugar temos que garantir a presença de educadores sociais no espaço da rua. Mas nada feito se esse profissional não dispõe de alternativas à vida na rua para as crianças e adolescentes. Urge, portanto, um investimento de peso no âmbito de uma política preferencial para as famílias que têm filhos ou filhas que moram nas ruas para engendrar uma melhoria substancial nas condições de vida e garantir o retorno da criança e do adolescente a sua referência familiar. Constatado, porém, que o retorno à família não é possível, para a criança moradora de rua, uma política de acolhimento é imprescindível. Denunciamos que no Brasil há poucas entidades capazes de acolher crianças que se encontram em situação de moradia na rua! Não dá para entender uma vez que o investimento não é tão alto comparado com os gastos de reclusão de um adolescente infrator que é em torno de R$4.000,00 por mês!


Eu gostaria que daqui a alguns anos as pessoas ficassem admiradas ao ouvir que antigamente, ainda no ano de 2008, havia nas cidades grandes crianças abandonadas, sujas e esfarrapadas, de olhos tristes e cansados e dormindo agachadas em cima de um pedaço de papelão e cobertos por sua camiseta de tamanho GG, afogando seus sonhos num saquinho repleto de cola de sapateiro.

3 comentários:

Jana Vianna disse...

Taí algo que sempre me preocupei com minh filha. Cuido do que ela ouve, do que veste...me comove a situação de algumas cranças neste mundo, que muitas vezes ricas e pobres ao mesmo tempo. Percebi com a maternidade que o amor é o que elas mais querem. Só isso: AMOR!

bjks, e vamos nos conhecer????

Anônimo disse...

Adoro essas campanhas e sou contra também anjo.

referente ao que me comentou, é a musica é dele, eu coloquei porque tenho um pouco haver comigo como vc mesmo disse..

=D

Obrigado Anjooo!
Um bjão!!!

Julio Cesar Corrêa disse...

Parabenizo essa campanha, mas ela passa longe de uma coisa crucial que é o controle da natalidade. Enquanto mães pobres continuarem a ter filhos como se pudessem lhes dar uma vida digna, lamento lhe informar mas vc nunca ouvirá que havia crianças abandonadas nas ruas em 2008. Vc ouvirá que o número delas aumentou no futuro. Sem dúvidas, essa campanha é um passo, mas se as classes diretamente envolvidas - os menos favorecidos - não tomarem uma atitude, nada mudará.FILHO É PRA QUEM PODE, sempre foi o meu lema. Eles não fazem nada e o governo também não.
bj e ótimo findi