10 de abr. de 2009

Quem morrerá na Cruz?




Amanheci presenciando as falas que me levaram à reflexão do sofrimento de Jesus e num leve paralelo com este que o homem tem passado por suas próprias mãos.

O homem acostumado em associar a ordem ao perfeito, e o perfeito a Deus, olha para as forças de construção da vida e enxerga somente o caos, o sofrimento, o oposto à ordem, o oposto a Deus. Foi fácil para si, sentindo-se frágil e impotente diante de tanta destruição para a geração do novo, associar esse caos ao demônio, às trevas e ao mal, quando o caos na natureza é parte da criação divina aqui na Terra.

A verdade é que muitas vezes não é apenas a força da vida da Terra a gerar o caos, pois o homem tem sido sua fonte quando usa exclusivamente as forças instintivas de sobrevivência - seja para manter seu corpo físico, suas idéias e crenças, posses, família, tradições ou filosofia - sempre sintonizado com a perfeita face egoísta e infantil, que ignora o bem que descansa em seu íntimo, gerando violência, crueldade, ódios, guerras, destruição, doenças, obsessões e vícios.

Daí surge a imposição que o homem impõe ao outro homem e ao planeta Terra como um todo, sofrendo também suas conseqüências, porque ao viver perdido de si mesmo, na total ignorância de sua destinação, sem perceber sela para si mesmo um período onde ficará sujeito às forças da transformação até que ele seja suficientemente educado ou forjado pelo fogo reconstrutor da vida, pois em todos nós as forças de construção da vida estão em ação, ainda que em silêncio.




"Não, você não sabe, você não sabe como tentei me interessar pelo
desinteressantíssimo"
Caio Fernando Abreu

Um comentário:

Daniel Savio disse...

Até que se fosse apenas a força da sobrevivência não teria tanto problemas, o negocio é quando vira egoismo mesmo, o odio e coisas do mesmo patamar...

Mas saindo deste assunto depressivo, espero que tenha uma boa páscoa, bem como a tua família.

Fique com Deus, menina M. Nilza.
Um abraço.